What comes next after the triumph of the right?

What comes next after the triumph of the right?

Os resultados das novas eleições parlamentares em França ainda estão a ser contabilizados, mas é claro que o Rassemblement National (RN), de direita, assumiu a liderança na primeira volta. Liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, o RN recebeu 33,2% dos votos, seguido por uma coligação de esquerda e Verde com 28,1% e o partido do Presidente Macron, Ensemble, com 21%.

A elevada participação eleitoral, projetada entre 65,8% e 67%, indica a seriedade com que a população francesa encara estas eleições. Especialistas como Sébastien Maillard e Mathias Bernard observam que este nível de participação deslegitima afirmações anteriores de que a direita só vence quando a participação eleitoral é baixa.

Com um segundo turno de votação no próximo domingo, a distribuição de assentos e a maioria no próximo parlamento serão determinadas. Há previsões de que 65-85 MPs serão escolhidos no primeiro turno, com 285-315 segundos turnos no segundo turno. O resultado dependerá fortemente de retiradas estratégicas para evitar uma vitória do RN.

O presidente Macron pediu uma ampla aliança para impedir que candidatos populistas de direita ganhem assentos no segundo turno. O primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou que cerca de 60 candidatos do campo do governo se retirarão para apoiar esse esforço.

As eleições mostraram as profundas divisões na sociedade francesa, com a ascensão das alianças de extrema direita e de esquerda em detrimento do centro político. Especialistas como Mustapha El Miri e Arnaud Mercier acreditam que a França se encontra num estado de mudança política e sociológica, exigindo mudanças radicais numa direcção ou noutra. No geral, as eleições realçaram a necessidade de compromissos políticos e de unidade no país.

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