Há uma abundância de água no ar, mas muitas partes do mundo lutam para encontrar água suficiente. Um novo projeto de coletor de água do MIT tem a capacidade de extrair água doce suficiente do ar para atender às necessidades diárias de várias pessoas. Os coletores de água geralmente consistem em materiais adsorventes que coletam água em suas superfícies. Para aumentar a área de superfície exposta ao ar, este novo dispositivo é construído com uma série de aletas verticais espaçadas de 2 mm e feitas de folhas de cobre intercaladas em espumas de cobre e revestidas com um material zeólito especializado para adsorção de água.
Após uma hora de operação, as aletas ficam saturadas com água, e as folhas de cobre são aquecidas para liberá-la. Com esse ciclo sendo repetido 24 vezes por dia em condições de ar árido com 30% de umidade, estima-se que a colheitadeira produza até 1,3 L de água potável por dia por litro de revestimento adsorvente usado. Em um cenário ampliado, esse projeto poderia render 5,8 L de água por quilo de material por dia, o suficiente para atender às necessidades de vários indivíduos.
Embora existam outros sistemas de coleta de água atualmente em desenvolvimento, este projeto em particular se destaca em várias áreas. Ele é mais eficiente na coleta de água em comparação à maioria dos outros sistemas, incluindo um que pode coletar apenas 100 ml de água por kg de material. Até mesmo um projeto da Johns Hopkins, que extrai 8,66 L de água por dia por kg de material, o faz sob condições de umidade de 70%. O novo projeto do MIT opera consistentemente durante o dia e a noite, ao contrário de outros que coletam água durante a noite e a liberam pela manhã.
A principal desvantagem desse sistema é a energia necessária para liberar a água, pois o dispositivo precisa atingir uma temperatura de 184 °C para extrair a água. No entanto, a equipe sugere que a energia desperdiçada ou o calor de outros sistemas, como edifícios ou veículos, podem ser usados para alimentar o coletor de água. A pesquisa detalhando esse design inovador foi publicada no periódico ACS Energy Letters.
