A extinção dos últimos mamutes

A extinção dos últimos mamutes

Os mamutes lanosos da Ilha Wrangel eram uma espécie resiliente, isolada em uma ilha remota no Oceano Ártico depois que o aumento do nível do mar os separou de seu habitat continental na atual Sibéria. Apesar do isolamento, eles conseguiram sobreviver por milhares de anos como os últimos de sua espécie. Há muito tempo acredita-se que sua extinção, há cerca de 4.000 anos, foi devido à endogamia, um fenômeno em que mutações genéticas prejudiciais se espalharam por uma população pequena e isolada, eventualmente levando à sua extinção.

No entanto, uma nova pesquisa publicada na Cell desafia esta crença de longa data. O estudo sugere que a diversidade genética desempenha um papel crucial na sobrevivência de uma espécie, funcionando como uma apólice de seguro contra a extinção. Quando uma população tem uma mistura de indivíduos não aparentados, há uma maior probabilidade de alguém possuir uma característica hereditária que possa proteger a espécie de ameaças. Esta diversidade permite a transmissão de características benéficas às gerações futuras, garantindo a sobrevivência da espécie.

Por outro lado, quando pequenas populações são forçadas a se reproduzir dentro de um pool genético limitado ao longo de várias gerações, mutações prejudiciais podem se concentrar, levando a um fenômeno conhecido como colapso mutacional. Esse processo tem o potencial de exterminar populações inteiras, como visto no caso dos mamutes lanosos da Ilha Wrangel. A nova pesquisa lança luz sobre a importância da diversidade genética na manutenção da resiliência e sobrevivência de uma espécie, oferecendo novos insights sobre os fatores que contribuem para eventos de extinção.

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